Nossos quase 20 principais jogadores morreriam, além de toda a comissão técnica e diretoria. Não teríamos mais time pra disputar a América. Sobrariam juniores e uns 10 do plantel principal que não foram relacionados para o jogo fatídico.
A Conmebol obviamente autorizaria o Grêmio a inscrever novos atletas, mas diz que entenderia perfeitamente se o Tricolor fizesse o óbvio: abandonar a competição.
A comoção na América seria gigante, com uma repercussão até mundial. O Rio Grande do Sul estaria num clima indescritível de tristeza, revolta, perplexidade e inquietude.
Para a surpresa de muitos, o Grêmio anuncia que não tem nada a perder e decide jogar o segundo jogo da Semi-Final, bem como uma eventual Final. Vai entrar em campo com esses jogadores que sobraram somados a alguns juniores de maior destaque.
A torcida se comoveria de uma forma surreal. Segurar um 0x0 ou ganhar em casa do Cruzeiro é uma missão difícil com o time que restou. Mas o clima instaurado na cidade de Porto Alegre é espartano. Os torcedores do Grêmio decidem entrar nessa Guerra, no bom sentido da palavra.
Foguetório contínuo em frente ao Hotel do Cruzeiro é só um detalhe. A cidade se veste de azul, preto e branco. Torcedores do interior e de outros estados vêm à Capital, mesmo sem ingresso para o jogo; mensagens de apoio chegam do mundo inteiro; e no dia do jogo: o Olímpico inteiro vira uma Geral.
Estádio superlotado. Os velinhos da cadeira não sentam, o time entra em campo de mãos dadas, muitos jogadores chorando. O Tricolor passa por cima de seu estatuto e vem com o uniforme preto. O tiozinho do amendoim que corneteava o Tcheco acende um sinalizador e chora, o estádio inteiro grita GRÊÊÊMIOOOOO. O adversário entra meio assustado. O Monumental pulsa. Todos pulam e cantam, quase todos com trapos de incentivo, sinalizadores e fumaças. 1x0 pra nós, rumo à Final.
Alguém acharia impossível ganhar de Nacional ou Estudiantes com esse time de qualidade técnica discutível? Bem difícil, mas não impossível.
Gremistas invadiriam o estádio adversário no jogo de ida, fariam uma Guerra histórica no jogo de volta, enfim, seriam manifestações jamais vistas de uma torcida de futebol.
E aí alguém diria: "imagina nós jogando com o time que tava no avião, o principal, com a torcida desse jeito. Seríamos invencíveis".
É gremistada, não foi 1x1 lá. Mas o avião não caiu. É tudo com a gente
É gremistada, não foi 1x1 lá. Mas o avião não caiu. É tudo com a gente.
E aí? Alguém duvida????